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Ambientalistas discutem construção de Resort em Rio das Ostras

A Câmara de Vereadores de Rio das Ostras, receberá às 15 horas, do dia 27, os participantes da reunião pública para tratar do licenciamento do empreendimento Samba Resort, a ser montado na Zona de Amortecimento da Área de Relevante Interesse Ecológico de Itapebussus, na cidade. Além dos ambientalistas contrários a construção, foram convidados o prefeito Marcelino Borba, o secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca e a Associação de Engenheiros e Arquitetos de Rio das Ostras. A reunião é promovida pela Comissão de Educação, Esporte e Meio Ambiente da Câmara.

Além do licenciamento será debatido a autorização para o corte de 279 árvores do local. Um grupo de ambientalistas é contrário ao empreendimento desenvolvido pelo Nova Búzios Empreendimentos Imobiliários SPE LTDA. Eles estão pedindo que o Ministério Público Estadual solicitando a anulação de licenças de supressão vegetal concedidas e que solicite os estudos adequados ao porte conforme localização do empreendimento e sejam realizadas as devidas audiências públicas.

O empreendimento terá 477 unidades com aproximadamente 1.500 pessoas frequentadores de em um bairro que há alguns anos atrás era essencialmente rural, sem água encanada, esgoto ou asfalto. E ainda hoje, a população de pouco mais de 2.000 habitantes carece dessa infraestrutura.

Os ambientalistas alegam que, o empreendimento de um hotel no alto de uma colina do bairro do Mar do Norte, na zona de amortecimento de uma Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) pode trazer efeitos negativos para o meio ambiente, saúde pública, patrimônio arqueológico e, consequentemente, para a população local. Além da perda de habitat para a fauna e flora, pode ocorrer poluição sonora, da água e do ar, alterações em ciclos hidrológicos, e perda de material arqueológico. No bairro há falta de infraestrutura básica como água encanada e esgoto, pode haver problemas ambientais, como contaminação do solo e da água e risco à saúde pública.

Sítio Arqueológico

Rio das Ostras possui 16 sítios arqueológicos cadastrados no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos, sendo que pelo menos 5 deles estão em Mar do Norte e Itapebussus e que podem ser perdidos e afetados pelo empreendimento em questão, são sambaquis, material cerâmico e histórico. Os vestígios arqueológicos encontrados nessa faixa costeira possuem importância não só para a preservação da memória local e do Estado do RJ, mas também para o reconhecimento da escravidão de indígenas e povos africanos.

Um estudo de Impacto de vizinhança foi realizado onde a Secretaria de Meio Ambiente considerou o resultado de baixo impacto e com isso a Secretaria de obras concedeu a licença para realização da obra.

Imagem Perfil Redação Portal Cidades BR

redação

Jornalista, especializada em economia, petróleo e assessoria de comunicação empresarial e pessoal.

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