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I Camp de Inovação em Engenharia Biomédica premia projeto Sicure

O principal objetivo do Camp foi aproximar inovações universitárias e possíveis investidores

Nesta terça-feira (23/10), o projeto Sicure foi anunciado como vencedor do I Camp de Inovação em Engenharia Biomédica. A iniciativa de empreendedorismo, promovida em parceria com o Sebrae Rio, fez parte da programação do  XXVI Congresso Brasileiro de Engenharia Biomédica (CBEB), que acontece esta semana em Búzios. No total, os elaboradores de 10 projetos relacionados à Inteligência Artificial e à Internet das Coisas, vindos de diferentes regiões do país, participaram de diversas atividades como palestras sobre gestão e consultoria de especialistas para ajudar no desenvolvimento dos produtos.

O sistema Sicure permite o acompanhamento à distância de exercícios fisioterapêuticos. Ele consegue identificar os movimentos, corrigi-los em tempo real e enviar os resultados para o fisioterapeuta. “Muitas pessoas deixam de fazer fisioterapia por não conseguirem conciliar com o horário de trabalho ou por não terem o acesso ao tratamento na sua região. A importância do Sicure é aumentar a oportunidade terapêutica, levando a reabilitação a grupos menos favorecidos”, explica Alana Elza, professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

As iniciativas OrientaMed, que associa o sopro do paciente a doenças, e HandSpect, que facilita o diagnóstico de doenças autoimunes, conquistaram o segundo e o terceiro lugares, respectivamente. Além de um prêmio em dinheiro, os ganhadores vão receber mentoria para os projetos e bolsa em curso de capacitação do Sebrae Rio. Todos os grupos participantes tiveram ainda a oportunidade de apresentar os produtos para uma plateia de 600 pessoas que participavam do congresso, incluindo médicos, engenheiros biomédicos e representantes comerciais de empresas da área da saúde.

Ponte para o futuro

Marília de Sant’Anna, analista do Sebrae Rio, explica que o principal objetivo do Camp foi aproximar inovações universitárias e possíveis investidores, estimulando o empreendedorismo tecnológico. “A produção acadêmica precisa do apoio de empresas para tirar os projetos do papel. Por outro lado, o mercado depende de inovações tecnológicas para se manter competitivo. Com iniciativas desse tipo, podemos fortalecer essa relação”, aponta a especialista.

Transformar as pesquisas em modelo de negócios é uma forma de retornar para a sociedade o investimento em educação, segundo o presidente do Congresso Brasileiro de Engenharia Biomédica, Rodrigo Costa-Felix. “As inovações trazem não só um lucro financeiro, mas também social, resultando em melhor qualidade de vida para a população. Além disso, geram empregos e diminuem os custos com tratamentos médicos por meio da oferta de novos serviços e tecnologias”, afirma.