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Desemprego e segurança são temas críticos em Araruama

Araruama é a terceira cidade mais violenta no Estado, segundo Atlas de Violência do IPEA

Em pesquisa realizada na cidade de Araruama, a administração da prefeita Lívia de Chiquinho é considerada regular por 37,1% dos entrevistados. Entre ruim e péssima (35,1%) e entre boa e ótima (26,8%). Os pontos positivos da administração de Lívia são a coleta de lixo com 66,1% de aprovação entre os entrevistados e a limpeza da cidade e varrição de rua com 41,3%,

A desaprovação da administração municipal começa no quesito das escolas municipais (40%). De 2005 até 2017, as escolas municipais de Araruama não conseguiram atingir as metas propostas para a melhoria educacional dentro do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) divulgado recentemente pelo Ministério da Educação (MEC). O Ideb é calculado com base no aprendizado dos alunos em português e matemática (Prova Brasil) e no fluxo escolar (taxa de aprovação).

De negativo também são citados a conservação de praças e jardins locais, iluminação pública, bem como o serviço de saúde pública oferecida classificado por 61,2% dos entrevistados entre ruim e péssimo. Segundo dados coletados junto ao Ministério da Saúde, Araruama ocupa o 21º lugar em mortalidade infantil em todo o estado. Doze entre mil bebês morrem ao nascer, pelos índices apurados pelo IBGE, no último censo divulgado. E entre os adultos a causa da morte são os acidentes vasculares cerebrais e respiratórios. Até 2010, o maior índice de mortalidade hospitalar estava no grupo de adolescentes grávidas dando a luz.

Os itens de lazer e turismo são negativamente citados, mas suplantados pela segurança, que atinge a taxa de desaprovação de 74,2%. Araruama ocupa o 3º lugar no estado do Rio de Janeiro e o 43º lugar no país, como uma das cidades mais violentas, segundo o Atlas da Violência 2018 desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Em 2017 ocorreram 76 homicídios na cidade. A maioria das vítimas era de homens (82%) , com idade variando entre 30 a 59 anos. Vidas perdidas sob a força de armas de fogo.

A população entrevistada critica também a falta de asfalto das ruas e o índice mais negativo foi a da falta de trabalho na cidade (91,4%). Boa parte da população se desloca para outras cidades em busca do sustento próprio e de suas famílias. E entre os entrevistados constatou-se que 63,6% deles têm alguém procurando emprego há mais de um mês.

A pesquisa realizou 408 entrevistas, entre mulheres (52,3%) e homens (47,7%), com idades variando de 16 a 24 anos (19,2%), 25 a 39 anos (29,5%), 40 a 59 anos (33,4%) e acima de 60 anos (17,9%). Com escolaridade dos entrevistados de ensino médio completo e incompleto (54,5%), seguidos daqueles com 5ª a 8ª série do ensino fundamental (26,8%), com até 4ª série do fundamental (9,6%) e ensino superior (9,1%). E na faixa econômica de um a dois salários mínimos (41,3%); de dois a cinco mínimos (31,4%), com apenas um salário (18,4%) e de até dez mínimos (2,2%).

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