P-69 inicia operação no campo de Lula
A Petrobras iniciou no dia 23 deste mês, a produção na área de Lula Extremo Sul,no pré-sal da Bacia de Santos, por meio do navio-plataforma P-69, oitava unidade instalada no campo de Lula, em conjunto com os parceiros do consórcio BM-S-11. A embarcação do tipo FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás), tem capacidade para produzir até 150 mil barris por dia de óleo por dia e comprimir até 6 milhões de m³ por dia de gás natural.
Localizada a aproximadamente 290 km da costa do estado do Rio de Janeiro, em profundidade d’água de 2.150 metros, a P-69 irá produzir por meio de oito poços produtores, tendo também sete poços injetores. A construção do casco da P-69 foi finalizada no estaleiro Cosco, na cidade chinesa de Zhoushan. A integração dos módulos e o comissionamento final da unidade foram feitos no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
Campo de Lula
O campo de Lula, descoberto em 2006, é o maior em produção do país, responsável por 30% da produção nacional. O escoamento do petróleo é feito por meio de navios aliviadores, enquanto o gás é escoado pelas rotas de gasodutos do pré-sal.
Lula está localizado na concessão BM-S-11, operada pela Petrobras (65%), em parceria com a Shell Brasil Petróleo Ltda.(25%) e a Petrogal Brasil S.A.(10%).
P-75 de partida do estaleiro Cosco, na China
A Petrobras pretende colocar em operação ainda em 2018 um total de 4 plataformas de produção no pré-sal da Bacia de Santos, incluindo a P-69. Todas as unidades são da própria empresa e juntas vão adicionar 600 mil barris por dia de capacidade de produção de petróleo ao país.
Duas das plataformas, os FPSOs P-67 e P-69 entram em operação no campo de Lula. A primeira, que atualmente está na Baía de Guanabara, tem previsão para chegar na locação até o fim do próximo mês, prazo em que a segunda deve deixar o estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, onde está sendo integrada.
No campo de Búzios, área da cessão onerosa, entram em operação os FPSOs P-75 e P-76. A primeira deixou recentemente ao Brasil e foi convertida integrada na China. A segunda, integrada pela Techint no Paraná, deve deixar a região em outubro.
Todas as quatro plataformas que a estatal pretende colocar em operação já estão no Brasil. A estratégia do E&P da petroleira previa uma quinta plataforma para entrada em operação em 2018. O FPSO P-68, contudo, foi adiado para 2019.
Se conseguir cumprir o cronograma a Petrobras terá colocado em operação neste ano seis plataformas. A empresa iniciou abril a produção do campo de Búzios, primeira área da cessão onerosa da Bacia de Santos, com o FPSO P-74, e o campo de Tartaruga Verde, em águas profundas da Bacia de Campos, com o FPSO Cidade de Campos dos Goytacazes, afretado com a Modec.