Saúde: Câmara critica baixo salário dos profissionais da atenção básica
As unidades de saúde básica de Macaé, que atendem situações não urgentes, estão com falta de médicos porque a prefeitura paga mal em comparação com o que recebem os profissionais de outras, como o HPM. O presidente da Câmara, Cesinha (Solidariedade), teve, nesta terça-feira (30), aprovado requerimento solicitando ao governo que revise a remuneração.
“Eles recebem cerca de R$ 4,9 mil enquanto seus colegas que atuam em casos de urgência ganham mais de R$ 13 mil. Então, ninguém mais quer ocupar as vagas existentes”, argumentou Cesinha. De acordo com o presidente, o atendimento básico previne doenças que no futuro podem se tornar graves.
Luiz Matos (Republicanos) acrescentou que não valorizar a atenção básica acaba resultando na sobrecarga dos atendimentos de emergência. Iza Vicente (Rede) complementou. “Não deveríamos comemorar que conseguimos realizar grande número de cirurgias, mas, sim, o crescimento da quantidade de cadastrados”, disse ela, referindo-se a pessoas que são acompanhadas pela Estratégia Saúde da Família (ESF).
Ela afirmou que em plantões se ganha até três vezes mais. Tico Jardim (Solidariedade) exemplificou a fala da colega. “Na Região Serrana, é frequente a saída de médicos da ESF porque conseguiram plantões em prontos-socorros”, contou ele. Já Reginaldo do Hospital (Podemos) disse que a valorização precisa atingir toda a rede, desde o Agente Comunitário de Saúde (ACS).
Reunião com a Procuradoria
Diante do apelo de Cesinha para que a Casa articule com a Procuradoria do município meios de aumentar o salário dos profissionais, o líder do governo Luciano Diniz (Cidadania) colocou-se à disposição. “Recebi agora uma mensagem do procurador Fabiano Paschoal para marcarmos uma reunião, faltando definir o dia e a hora”.
Entre outras proposições, foi aprovado ainda na mesma sessão um projeto de lei (PL) de Tico Jardim, que estabelece prazo para retirada de material resultante da poda de árvores. Também Guto Garcia (PDT) obteve a aprovação de um PL que estabelece o pagamento de até um salário mínimo para que macaenses aprovados em faculdades presentes no município possam cursar o ensino superior. O candidato deve comprovar renda insuficiente para pagar os estudos.
Os projetos seguem para sanção do Executivo.