Câmara de Macaéquestiona secretaria sobre violência nas escolas e prioridade para a educação
Um programa para pais e alunos com palestras sobre a violência nas escolas foi apresentado pela secretária de Educação, Leandra Lopes, na Câmara de Macaé nesta terça-feira (9). “O medo estava consumindo a comunidade educativa”, disse ela, referindo-se aos recentes ataques em unidades de ensino de Santa Catarina e São Paulo. Ela esteve na Casa a convite de Guto Garcia (PDT).
A atividade, que busca gerar solidariedade e sensação de pertencimento, tem o objetivo de reduzir o bullying, o racismo e outros comportamentos hostis. A secretaria ainda promoverá em 29 de maio um seminário com o tema cultura da paz, reunindo comunidade, famílias e conselhos escolares, com local a ser marcado. Problemas como a gravidez precoce também serão abordados.
Luiz Matos (Republicanos) perguntou se há alguma iniciativa para coibir o uso de celulares pelos estudantes. Leandra respondeu que cada escola tem a orientação de educar para o uso dos telefones, pois em alguns momentos eles são úteis para o aprendizado. “A Guarda Municipal realiza esse trabalho nas unidades, alertando os alunos sobre vídeos violentos”.
O presidente Cesinha (Solidariedade) lembrou dos muitos empreendimentos previstos para serem implantados no município. Segundo ele, a pasta deve se organizar para a chegada de dezenas de milhares de trabalhadores, vindos com filhos que estudarão na rede local. “Também precisamos dar uma boa formação aos jovens macaenses para ocupar essas vagas no futuro”.
Inclusão
Cesinha também perguntou sobre a ampliação do atendimento às crianças PcDs (Pessoas com Deficiência). “Ano passado, abrimos cinco salas de recursos especiais, e neste ano foram sete”, respondeu a superintendente de Educação Inclusiva, Janaína Pinheiro, que acompanhou a gestora.
Prioridade para a educação
Paulo Paes (União Brasil) e Iza Vicente (Rede) questionaram sobre o atraso nas obras, projetos e compras para a secretaria. Eles criticaram a burocracia da prefeitura. “Muitas empresas ganham a licitação, oferecendo o melhor preço, mas não entregam o serviço ou os materiais comprados. Aí precisamos iniciar outro processo, que dura cerca de um ano”, respondeu Leandra.
Paes propôs que a Educação tenha a própria comissão de licitações, e até que a Câmara destine recursos para a pasta, mediante autorização do Executivo. Também participaram do debate, além de Guto, o líder do governo Luciano Diniz (Cidadania), Tico Jardim (Solidariedade), Amaro Luiz (PRTB), Marlon Lima (PDT), Reginaldo do Hospital (Podemos) e George Jardim (PSDB)