Sindicatos e trabalhadores se unem contra problemas na hotelaria da Bacia de Campos
Na segunda-feira, 10 de junho, ocorreu mais uma reunião para abordar os problemas da hotelaria na Bacia de Campos. Estiveram presentes representantes da Petrobras, que é a contratante dos serviços; do Sindipetro-NF, que representa boa parte dos trabalhadores que utilizam o serviço; do Cintop, sindicato que representa os trabalhadores da hotelaria; e de algumas empresas de hotelaria.
Segundo Alexandre Vieira, diretor do Sindipetro-NF, as empresas de hotelaria preferiram não se manifestar ou responder a qualquer questionamento, o que para os sindicatos soou muito estranho, demonstrando uma aparente culpabilidade e, ao mesmo tempo, uma falta de vontade de resolver os problemas. “Cheguei a provocar essa inércia das empresas prestadoras de serviço, porque, na nossa visão, elas deveriam, pelo menos, responder aos problemas que o sindicato apontou, mas elas simplesmente se calaram” – disse, indignado.
O Cintop destacou muitos dos problemas enfrentados pelos trabalhadores, como os baixos salários, a sobrecarga de trabalho, o valor insuficiente do ticket refeição, os transtornos causados por atrasos nos voos que impedem o embarque, e o desrespeito à convenção coletiva por parte das empresas, que não concedem os devidos aumentos.
“A Petrobras foi questionada se não haveria uma forma de melhorar os salários através dos contratos, mas ela alegou que não tem como fazer isso” – comentou Vieira.
Reunião com a categoria
No mesmo dia, a categoria se reuniu com o Cintop na sede do Sindipetro-NF em Campos. Nessa reunião, o Sindipetro-NF apresentou o resultado do encontro anterior e os trabalhadores reafirmaram que, se não houver melhorias, eles se mobilizarão ainda mais.
A diretoria do Sindipetro-NF reafirmou a solidariedade de classe, destacando que não é possível estarem bem enquanto outros trabalhadores ao seu redor sofrem. “Entendemos que isso tem que ser resolvido. O salário do pessoal e as condições de trabalho precisam melhorar, caso contrário, haverá mobilizações e até mesmo uma greve. Somos solidários às necessidades desses trabalhadores” – reafirmou Vieira.
Vieira relatou que os dirigentes do Cintop reconheceram que o apoio do Sindipetro-NF fortaleceu a luta, aproximou a categoria e agora estão prontos para se mobilizar junto com os trabalhadores para fazer as reivindicações necessárias.
