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Petrobras aprova Plano Estratégico 2024-2028+ com investimentos de US$ 102 bilhões

Projetos em baixo carbono somam 11,5 bilhões, o dobro em relação ao plano anterior

O Plano Estratégico da Petrobras para o quinquênio 2024-2028 (PE 2024-28+) foi aprovado nesta quinta-feira (23/11) pelo Conselho de Administração da companhia, prevendo investir US$ 102 bilhões nos próximos cinco anos, um crescimento de 31% em relação ao ciclo anterior. Primeiro plano desta gestão, o PE 2024-28+ visa preparar a Petrobras para o futuro e fortalecer a companhia, iniciando um processo de integração de fontes energéticas essencial para uma transição energética justa e responsável.

“Aumentamos os investimentos totais da Petrobras com responsabilidade, foco na disciplina de capital e compromisso de manter o endividamento sob controle. Também intensificamos os investimentos em baixo carbono com projetos rentáveis para geração de valor no longo prazo. Vamos fazer a transição energética de forma gradual, responsável e crescente, investindo em novas energias e sem abrir mão, de uma hora para outra, da produção de petróleo ainda necessária para atender a demanda global de energia e financiar a transição energética”, destaca o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

O novo plano será implementado com atenção total às pessoas, segurança e respeito ao meio ambiente, perpetuando valor para as gerações futuras. A governança será respeitada em todos os processos decisórios e avaliações de projetos, garantindo sustentabilidade e rentabilidade, com mais transparência.

Este plano também nasce com potencial de forte contribuição para a sociedade brasileira. As projeções do cenário de referência para elaboração do PE 2024-28+ indicam que aproximadamente 60% da geração de caixa da Petrobras retornará para a sociedade na forma de tributos e pagamentos à União, estados e municípios.

Mais investimentos

Os investimentos (CAPEX) previstos para o período 2024-2028 totalizam US$ 102 bilhões, sendo US$ 91 bilhões correspondentes a projetos em implantação (carteira em implantação) e US$ 11 bilhões compostos por projetos em avaliação (carteira em avaliação), sujeitos a estudos adicionais de financiabilidade antes do início da contratação e execução. Quando concluídos os estudos e comprovada sua viabilidade econômica, esses projetos podem migrar para a Carteira em Implantação. O estudo de financiabilidade para projetos em avaliação é um item adicional à governança estabelecida de aprovação de projetos, que está mantida para ambas as carteiras. Esta forma de apresentação da carteira demonstra compromisso com a transparência e avanço na governança de aprovação dos projetos.

O aumento do CAPEX está associado principalmente a novos projetos, incluindo potenciais aquisições, a ativos que estavam em desinvestimento e voltaram para a carteira de investimentos da companhia, e à inflação de custos, que impactou toda a cadeia de suprimentos.

Os investimentos serão realizados prioritariamente com recursos próprios da Petrobras gerados pelas suas operações. O CAPEX do segmento Exploração e Produção (E&P) representa 72% do total, seguido pelo Refino, Transporte e Comercialização (RTC) com 16%, Gás e Energia (G&E) e Baixo Carbono com 9% e o Corporativo com 3%.

O CAPEX do E&P para o período 2024-2028 soma US$ 73 bilhões, com cerca de 67% destinados para o pré-sal, que tem grande diferencial competitivo econômico e ambiental, com produção de óleo de melhor qualidade e com menores emissões de gases de efeito estufa.

O segmento de E&P mantém sua relevância para a companhia com o foco em ativos rentáveis e investimentos compatíveis com uma visão de longo prazo alinhada à transição energética. Ao mesmo tempo, a companhia mantém grandes projetos de revitalização em águas profundas (REVIT), além de projetos complementares, a fim de aumentar os fatores de recuperação em campos maduros.

Serão destinados US$ 7,5 bilhões para projetos de exploração no quinquênio, sendo US$ 3,1 bilhões para exploração na Margem Equatorial; US$ 3,1 bilhões para exploração nas Bacias do Sudeste; US$ 1,3 bilhão para outros países. Está incluída neste investimento a perfuração de cerca de 50 poços em áreas onde a empresa possui direito de exploração em blocos adquiridos.

O segmento de E&P mantém a premissa de dupla resiliência – econômica e ambiental- e alto valor econômico, com portfólio viável a cenários de baixos preços de petróleo no longo prazo, com Brent de equilíbrio médio prospectivo de US$ 25 por barril, e com compromisso de intensidade de carbono de até 15 KgCO2e por barril de óleo equivalente até 2030.

Produção de óleo, LGN e gás natural

A curva de produção considera a entrada de 14 novas plataformas (FPSOs) no período 2024-2028, dez das quais já contratadas. Está sendo construída uma nova geração de plataformas, mais modernas, mais tecnológicas, mais eficientes e com menores emissões. Com este plano, a Petrobras projeta atingir em cinco anos a produção de 3,2 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia.

As projeções de produção de óleo, produção total e comercial de óleo e gás natural para 2024 foram acrescidas em aproximadamente 100 mil bpd/boed, na comparação com o plano anterior, considerando o bom desempenho dos campos, as previsões de ramp-ups e entrada de novos poços.

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