Estrada do Sana será asfaltada
O prefeito Welberth Rezende apresentou na noite desta quarta-feira (27) para os moradores do Sana, o projeto de pavimentação e drenagem da estrada do distrito, no trecho do Portal do Sana até a Cabeceira, com recuperação da pavimentação interna do Arraial. O prefeito também entregou a ordem de serviço para a obra.
– Temos 70 obras na cidade e essa é a maior, no valor de R$ 120 milhões. Mas não é pelo valor financeiro, é pela importância da estrada para a vida das pessoas, uma obra estruturante. Também na região serrana, estamos fazendo a obra de drenagem de R$ 18 milhões no Frade e dei a ordem de serviço para a revitalização da obra do Frade – salientou, destacando que a obra está totalmente licenciada.
O prefeito lembrou que a maior parte do escoamento da produção agrícola é realizado pela estrada. “A obra vai ampliar o poder de crescimento do Sana. Por meio da interligação, diversas atividades econômicas serão incentivadas, como o turismo, com maior desenvolvimento econômico para o município, representando um grande avanço na infraestrutura viária”, citou.
Segundo Welberth, o asfaltamento da Estrada do Sana inclui os trechos do Portal do Sana ao Arraial do Sana em uma extensão de 6,59 quilômetros; do Arraial do Sana à Cabeceira do Sana em uma extensão de 6,36 quilômetros; no trecho do Arraial de 1,39 quilômetro será feita a recuperação da pavimentação existente em paralelepípedo. A empresa vencedora da licitação inicia os trabalhos em 15 dias incluindo fornecimento de material, mão de obra e equipamentos.
O vereador Tico Jardim classificou que a obra vai trazer mais segurança para o distrito. “Estamos muito felizes por este momento histórico”, enalteceu Tico. O vereador George Jardim analisou que o transporte escolar e pessoas em tratamento de saúde serão diretamente beneficiados com o asfaltamento. “Obra licitada, um sonho de todos que moram aqui”, constatou.
Para o presidente da Câmara, Cesinha, o desenvolvimento do interior deve ser considerado da mesma forma que o desenvolvimento da sede de Macaé. “Os distritos ajudam a alavancar a economia e a obra vai melhorar a qualidade de vida dos moradores”, indicou.
O presidente da Associação de Moradores, Paulo César, enalteceu a importância da obra chegar até a Cabeceira. “Vamos avançar em educação e segurança”, relatou.
Moradores comemoram obra
As moradoras do Sana há mais de 60 anos, Lea Carvalho, Izabel Pereira e Iris Proença comemoraram a obra iminente. “Nota dez, esperamos há muito tempo esse asfaltamento”, disse Lea, acrescentando que será importante para quem está doente e precisa se locomover até a sede da cidade.
– Os buracos vão acabar, é um sonho que será realizado – frisou Izabel. Os benefícios para o comércio foram enumerados por Iris Proença. “Queremos muito e precisamos”, expressou Iris.
Nascido e criado no Sana, Alcimar Monteiro da Silva assinalou que toda a rede de serviços do turismo será beneficiada com o asfaltamento. “Há milhões de anos esperamos essa obra. Parabéns para o prefeito e equipe, vai valorizar muito a nossa terra”, sustentou.
O vice-prefeito Célio Chapeta, o vereador Reginaldo do Hospital, além do presidente da Câmara, vereador Cesinha, vereadores Tico Jardim, George Jardim, Paulo Paes, secretários, lideranças comunitárias, o ex-prefeito Riverton Mussi participaram do encontro no Sana.
O prazo para execução do serviço é de 24 meses. De acordo com o secretário de Infraestrutura, Santiago Borges, o projeto visa à execução de pontilhões em concreto pré-moldado em dois riachos que cortam a estrada. A primeira ponte com extensão de 12,50 metros e largura de 7,20 metros, e a segunda ponte com extensão de 8 metros e largura de 7,20 metros. Os pontilhões serão executados sobre as antigas pontes, aproveitando a infraestrutura existente como “alas”, visando à segurança dos usuários.
– Para isso, será realizada a movimentação de terra, drenagem, revestimento asfáltico betuminoso, implantação de pontilhões em estrutura metálica e estrutura em concreto armado para sustentação de alargamentos da estrada, com fundações em estacas raiz de 500 milímetros – detalhou Borges.
O tipo de revestimento utilizado será concreto betuminoso usinado à quente com polímero, com dez centímetros de espessura em duas camadas. No trecho do Arraial do Sana com 1,39 quilômetro de extensão será feito o arrancamento e reassentamento do paralelo. “Todo o projeto de implantação e drenagem foi executado conforme a topografia, inclusive a movimentação de terra necessária para nivelamento da área a ser trabalhada”, garantiu o secretário.
Drenagem terá escavação mecânica e concreto armado
De acordo com o secretário de Obras, Felipe Bastos, a drenagem da obra tem por objetivo canalizar o fluxo da água pluvial ao longo da pista e nas travessias evitando danos à obra e acidentes. A drenagem ocorrerá a partir da escavação mecânica para colocação de tubulações de concreto armado de 400 até 1.750 milímetros de diâmetro e canal pré-fabricado em U.
Bastos explicou que para a implantação da nova plataforma da Estrada do Sana, será feita a conformação da estrada com aterro e cortes conforme o projeto de implantação e nas áreas próximas às margens para execução dos pontilhões.
Em relação à terraplanagem, nas áreas de risco de deslizamento de terra será feito, segundo o secretário de Obras, o acerto dos taludes, plantio de grama, cortina para estabilização do terreno e valetas de proteção para captação e redirecionamento de águas proveniente de chuvas, prevenindo futuros deslizamentos de terra, erosão da estrada e preservação.
– A etapa de pavimentação será iniciada com limpeza de terreno, seguida de aterro ou corte de até um metro de altura/profundidade. Já a solução técnica para alargamento da pista tem por objetivo minimizar a agressão do meio ambiente – esmiuçou, complementando que a estrutura é composta de duas estacas raiz com diâmetro de 500 milímetros por bloco de coroamento. Os pontilhões serão executados tendo suas vigas apoiadas em blocos novos mais afastados, após a infraestrutura existente, sem obstruir ou afetar o leito do rio existente.
Felipe Bastos alertou que um fator limitante para a execução da obra é a chuva, que “é um elemento primordial a ser considerado na execução da drenagem e da pavimentação asfáltica”.