Salário mínimo ideal seria de R$ 6,6 mil
Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse) mostra que o salário mínimo ideal deveria ser de R$ 6,6 mil.
O valor atual, de R$ 1.302, continua insuficiente para que as famílias consigam manter todas as despesas básicas. Mesmo com ganho real, acima da inflação, a conta não fecha. Com base no levantamento do Diesse, o valor ideal é 5,1 vezes maior do que o mínimo em vigor no Brasil.
A pesquisa do Dieese sobre o salário mínimo considera uma família com quatro pessoas. Os dados são baseados no resultado da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos para conferir o preço médio dos produtos considerados essenciais.
A pesquisa mostrou que em um único mês, a cesta básica ficou mais cara em 14 capitais. O último levantamento foi realizado nos meses de novembro e dezembro do ano passado. O maior aumento foi em Fortaleza, com reajuste de 3,70%.
Dos 13 produtos que compõem a cesta básica, a pesquisa apontou alta no preço de boa parte deles, sendo: leite, pão, café, banana, manteiga, farinha de trigo e batata. Uma realidade que não condiz com o que estabelece a Constituição Federal. Por regra, o mínimo deveria ser o suficiente para arcar com as despesas de alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.