Distrito de inovação deve ser criado na região ainda em 2019
Macaé, Rio das Ostras e parte da Região dos Lagos podem – até final de 2019 – contar com um hub de inovação, a exemplo da região serrana, onde existe o Distrito de Inovação da Serra (DIS). Seu idealizador e atual CEO, Luís Fernando Pessoa defende a necessidade de um projeto desse porte para a região, sendo Macaé seu pólo principal, por contar com faculdades e empresas de grande porte para apoiar e dar sustentação aos processos de inovação. Em sua fala, Luís Fernando relembra o mesmo cenário econômico ao existente na serra. “Eu acredito que o evento conseguiu mobilizar os setores primordiais; o governo, a academia e as empresas. Agradando, assim, os investidores. Isto mostra que Petrópolis criou um ecossistema maduro e propício para o desenvolvimento do empreendedorismo”, afirmou.
Segundo o CEO, Macaé oferece o espaço propício para a formação de hubs, que nada mais são do que um ecossistema empresarial nascente de base tecnológica com alto potencial de crescimento – as startups –, além de médias e grandes empresas e potenciais investidores. Um espaço voltado para a geração de negócios. Um dos grandes incentivadores é o BNDES que desenvolve o BNDES Garagem, um programa de criação e aceleração de startups e a estruturação de um hub de inovação no Rio de Janeiro. O objetivo é apoiá-las na superação dos principais entraves ao seu desenvolvimento.
Segundo estudo conjunto realizado pela Associação Brasileira de Startups e pela Accenture (2018), que envolveu mais de mil empreendedores em todos os estados brasileiros, os maiores desafios para as startups nos próximos três anos são: atração de clientes; funding; e aspectos relacionados à estruturação do negócio.
Dessa forma, o BNDES Garagem tem como objetivo conectar as startups com potenciais clientes e investidores, fornecer o apoio técnico necessário para seu crescimento e fomentar a criação de novos negócios inovadores. Com essa iniciativa, o BNDES vai além do apoio financeiro e contribui com seu conhecimento técnico e sua capacidade de articulação.
Para Luís Fernando Pessoa, CEO do DIS o envolvimento das faculdades e empresas locais é fundamental para se criar um processo contínuo de Inovação transversal aos setores de vocação local, transformando o crescimento econômico-social em ciclo virtuoso auto-sustentável. Para ele, conexão é a palavra-chave já que, os hubs de inovação conectam as diferentes partes do ecossistema e montam um grande quebra-cabeça. Nesse sentido, podem ser vistos como uma mini-representação do ecossistema em que são criados. “São pontos de encontro não só de startups, empresas e investidores, mas também de universidades, instituições de fomento e prestadores de serviços públicos e privados focados em startups, como escritórios de advocacia, contabilidade, entre outros”.