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Dessalinização pode prover água para aplicações nos Portos do Açu e Tepor

Já o Tepor, operado pelo Grupo EBTE Engenharia, deverá receber investimentos de cerca de 1,3 bilhão de reais

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Nas últimas semanas, boas notícias têm surgido na região norte fluminense e trazido otimismo para o setor naval e para a indústria de óleo e gás: a inauguração de três terminais do Porto do Açu, operado pela Prumo, em São João da Barra, e a licença ambiental prévia concedida para a construção do Terminal Portuário (Tepor), o primeiro complexo privado de apoio logístico ao setor de óleo e gás de Macaé.

 

No Porto do Açu, foram inaugurados os terminais de petróleo, de combustíveis e multicargas. O investimento foi de mais de R$ 1,5 bilhão, segundo a Prumo. O terminal de petróleo, o T-Oil, é operado em parceria com a alemã Oiltank. O de combustíveis, chamado de Tecma, com a BP Marine, e o multicargas, conhecido como T-Mult, será utilizado por um conjunto de clientes, em regime de arrendamento. Serão gerados seis mil empregos diretos e indiretos. O terminal de petróleo começa a operar, de fato, em agosto e deve movimentar 200 mil barris por dia no local, podendo chegar a 320 mil barris por dia. Já no terminal de combustíveis haverá movimentação de combustíveis marítimos. Hoje, o terminal recebe óleo diesel importado.

 

Já o Tepor, operado pelo Grupo EBTE Engenharia, deverá receber investimentos de cerca de 1,3 bilhão de reais. Instalado em uma área de 400 mil metros quadrados no bairro Barreto, em Macaé, o Tepor terá uma ponte de 1.600 metros de extensão, um quebra-mar e uma plataforma, onde serão construídos berços para atracação de embarcações de apoio. As obras deverão ser iniciadas em 2017 e o início da operação do terminal está previsto para 2020.

 

Para o Grupo Vicel, os empreendimentos atenderão à demanda de estruturas mais bem preparadas no sistema portuário brasileiro. A empresa vislumbra novas oportunidades de negócios, já que é líder no fornecimento de soluções para tratamento e geração de água para a indústria naval e petrolífera e possui um portfólio extenso e reconhecido no mercado.

 

O engenheiro de vendas do Grupo Vicel, Victor Carvalho, fala a respeito desse novo tempo. “Esses empreendimentos vieram movimentar a indústria nesse momento conturbado que o país enfrenta. A expectativa da Vicel é contribuir para que a economia da região volte a crescer, entrando como parceira em projetos tão grandes e importantes para a infraestrutura e logística da indústria de óleo e gás. O objetivo da Vicel é ofertar toda sua expertise no fornecimento de água para as embarcações e terminais, de maneira que esses empreendimentos possam atender ao seu mercado sem competir com o restante da população na questão do uso de água potável. Por meio da dessalinização, os impactos ambientais nas cidades de São João da Barra e Macaé podem ser minimizados. Nossas usinas captam a água do mar e a dessalinizam para os fins industriais, de forma que a água dos rios e concessionárias que atendem os municípios possa continuar sendo destinada à população sem prejuízos”, afirma.

 

Victor explica que, para isso, a empresa conta com os modelos de negócios BOO/BOOT, nos quais o cliente contrata a solução completa em dessalinização, que inclui o projeto do sistema, sua instalação, operação e manutenção pelo tempo determinado. O Grupo Vicel assume a responsabilidade por todo o processo. “Se o cliente precisa de 50 mil m³ de água por dia, nossos engenheiros farão o projeto da planta de dessalinização, com a estimativa do valor do investimento para a aquisição dos sistemas. O alto investimento (CAPEX) que muitas vezes atrasa ou inviabiliza o empreendimento é realizado pela Vicel e remunerado ao longo de 10 ou 20 anos de operação. Dessa forma, o cliente transforma CAPEX em OPEX e reduz consideravelmente o seu nível de endividamento ”, explica.

 

Ao final da vigência do contrato, o cliente tem a opção de transferência dos ativos. Ele pode comprar o sistema por um valor depreciado e contratar apenas os serviços do Grupo de operação e manutenção.

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