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Viva ganha jazigo e mortos ficam sem enterro em Cabo Frio

Enquanto sepultamentos demoraram até dois dias para ser realizado – por falta de vaga nos cemitérios – o prefeito de Cabo Frio suspendeu o serviço de assistência funerária para famílias carentes da cidade e ainda doou um jazigo no Cemitério Jardim dos Eucaliptos, no Jardim Esperança para Erilda Sampaio, de 68 anos, moradora de São Pedro da Aldeia. O inusitado é que Erilda está viva e com boa saúde. Isso porque a mulher ganhou espaço em programa de televisão onde diz que seu sonho é programar seu funeral faltando apenas o lugar para ser enterrada. A doação está sendo comentada em toda a Região dos Lagos, assim como a falta de lugar para enterrar os mortos em Cabo Frio.

 

Na segunda-feira, o entrevistador Rodrigo Faro esteve em São Pedro da Aldeia para entrevistar Erilda Sampaio, de 68 anos, que mora no bairro Baixo Grande, em São Pedro da Aldeia. No programa contou que há 20 anos programa seu próprio funeral tendo até caixão personalizado. Mas que ainda não tinha lugar para o seu enterro. O prefeito Alair Correa ao saber disso enviou uma secretária que – em seu nome – doou um espaço no cemitério do Jardim Esperança para a realização do sonho de Erilda. Essa de tão emocionada ainda comentou durante a entrevista que agora tinha seu “lar eterno”.

 

Em Cabo Frio a revolta é grande, porque não há espaço para realização dos sepultamentos. Os familiares dos mortos têm que esperar muitas vezes dois dias para enterrar seus entes no município. A mais recente ação do prefeito foi a suspensão dos serviços de assistência funerária à carentes. O serviço é prestado pelas funerárias, mas, há meses a Prefeitura não paga às prestadoras. Sem pagamento, o serviço foi cortado. O valor devido pelo poder público ainda não foi divulgado e não há previsão de que a dívida seja sanada.

 

Os profissionais dos dois cemitérios locais reclamam do atraso de pagamento, há falta de água para consumo humano, a energia elétrica está cortada. Os banheiros de funcionários e de visitantes estão interditados, não existe de material de proteção e de trabalho para os coveiros. Falta também material para a confecção dos jazigos como tijolos e cimento, que eram fornecidos pelas funerárias.

Imagem Perfil Redação Portal Cidades BR

redação

Jornalista, especializada em economia, petróleo e assessoria de comunicação empresarial e pessoal.

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