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MP consegue mandado de prisão para estelionatários imobiliários

No golpe, bandidos vendiam imóveis da Caixa

- Atualizado em

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos da Capital, obteve o decreto de prisão preventiva de 14 suspeitos de praticar golpes relacionados à venda de falsos imóveis no Rio de Janeiro. A Justiça aceitou a denúncia do MPRJ, que acusa os falsos corretores como responsáveis por ao menos 29 crimes de estelionato e associação para prática criminosa, conforme descritos nos artigos 171 e 288 do Código Penal. Além de prisão, a Justiça também determinou o bloqueio e o sequestro de valores das contas bancárias dos acusados, incluindo o saldo e investimentos das suas empresas, no valor de cerca de R$ 230 mil, conforme demandou a ação.

Segundo as investigações, os denunciados criaram quatro empresas – Zurich, Brado Imóveis, Acesse Imob e Acesse Home – para negociar a venda de imóveis inexistentes. O grande atrativo para os clientes, eram os preços inferiores aos praticado no mercado. Os falsos corretores argumentavam que os valores eram baixos porque os bens haviam sido recuperados pela Caixa Econômica Federal, devido à inadimplência em financiamentos.

Para garantir o negócio, os denunciados cobravam o pagamento antecipado de um percentual do valor total da compra, que variava entre R$ 1,8 mil e R$ 30 mil. Às vezes, eram emitidos até carnês para financiamento. As vítimas acreditavam então estar comprando um imóvel pertencente à Caixa. Os bens, no entanto, nunca eram visitados pelos compradores. Eles eram mostrados apenas por fotos de anúncios publicados no site OLX.

Quando os clientes procuravam as empresas de fachada para questionar a data da liberação dos bens, os autores do golpe diziam que a Caixa ainda não havia liberado as chaves e que esperassem um pouco mais. Em alguns casos, as vítimas eram ainda induzidas a pagar mais dinheiro a fim de antecipar a liberação dos imóveis.

Dos 14 falsos corretores, seis estão presos temporariamente. Outros oito estão foragidos. Os denunciados são Raphael Bezerra Salgueiro, Rafael Lacerda do Miranda, Daniele Machado Medeiros, Abraão Teixeira do Nascimento, Victor Hugo Inocencio Moreira, Calebe Moraes Tavares da Mata, Leonardo Patrick Santana, Diêgo Miranda Gomes, Anderson Ribeiro Pereira da Silva, Guillermo Miguel Ambrusi dos Santos, Tiago Machado Medeiros, Leandro Vieira da Silva, Rodrigo dos Santos Silva e Osir Ribeiro da Silva.

A ação é assinada pelos promotores de Justiça Marcelo Muniz Neves e Alexandre Murilo Graça.

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