Piloto de caça desaparecido era instrutor na base aérea da Marinha
Em entrevista a rede Intertev, o comandante Capitão de Mar e Guerra Fonseca Júnior, Chefe de Estado Maior do Comando da Força Aeronaval afirmou que o capitão de Corveta Igor, que permanece desaparecido no mar desde o dia 26 de julho, era instrutor e tinha experiência com missões de ataques a alvos de superfície, a mesma do treinamento praticado durante o acidente. Por enquanto, o único destroço encontrado foram os pneus do trem de aterrissagem do caça AF-1 Skyhawk. Um na praia de Monte Alto, em Arraial do Cabo, e outro na do Peró, em Cabo Frio.
O piloto de caça da Marinha que retornou para a base de São Pedro da Aldeia relatou que “viu a outra aeronave cair de barriga na água, mas não viu se o piloto dela conseguiu ejetar”. Para o especialista Alexandre Galante, ex-militar da Marinha e consultor em assuntos militares, defesa e acidentes aéreos, o caça pode ter se desintegrado ao se chocar contra a água, dificultando a localização das partes do caça. As buscas continuam na área marítima da Região dos Lagos.
Ao falar sobre a qualificação do oficial desaparecido o Capitão de Mar e Guerra Fonseca Júnior detalhou “os pilotos (duas aeronaves se chocaram no ar) que faziam parte deste voo eram bastante qualificados e capacitados para realizar esse tipo de missão. Faziam parte do grupo de pilotos com mais experiência, eram instrutores. Era uma missão rotineira para o esquadrão. Uma operação de ataque que o esquadrão faz de forma contínua, de forma a ter sempre o treinamento no nível de excelência”. O piloto Igor fazia parte do grupo de pilotos mais qualificados da companhia. As famílias dos pilotos e o sobrevivente estão recebendo atendimento psicológico oferecido pela Marinha.
