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Prefeitura de Cabo Frio paga 65% dos servidores, mas não aos grevistas

Em nota oficial, divulgada na manhã desta terça-feira (21), A Prefeitura de Cabo Frio – em nota oficial – informou que pagará 65% da folha de servidores contratados para as áreas de Saúde e Educação, mas deixará de fora os grevistas desses setores.No comunicado, a Prefeitura destaca que, no caso da Educação, a prioridade é o pagamento dos professores que não estão participando da greve.Para a diretora de comunicação e imprensa do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe Lagos), Denise Teixeira, o fato do prefeito não pagar os grevistas caracteriza perseguição e é ilegal.

 

“A atual gestão reconhece que fará distinção no pagamento entre servidores grevistas e não grevistas, deixando os que estao paralisados para depois e pagando os demais ainda hoje. O que configura como assédio moral e desrespeito ao direito constitucional de greve, atitude que já foi condenada pela OAB-Cabo Frio. Já passamos essa questão para nosso corpo jurídico para que se tomem providências”, disse a sindicalista.

 

Ainda segundo a Prefeitura de Cabo Frio os Guardas Municipais e Coletores está em dia. E, ontem aproximadamente 85% do quadro dos servidores receberamos salários de maio. “Nos próximos dias estaremos pagando as demais Secretarias, Coordenadorias e os efetivos da Saúde”, conclui a nota.

 

Greve política

 

A Prefeitura de Cabo Frio entende que a greve dos educadores – que dura oito meses – é política. “Durante esse período o Sindicato dos Profissionais de Educação, por vezes, apenas trabalhou dois dias por semana. Quando havia paralisações, o Sindicato suspendia as aulas por três dias de uma semana letiva”.

 

E na nota afirma “aos senhores pais de alunos de nossa Rede Municipal informamos que devemos aos professores duas parcelas do décimo terceiro e 1/3 de férias, isso porque perdemos cerca de 20 milhões de nossa arrecadação financeira. A Prefeitura de Cabo Frio nunca deixou de pagar os salários.  Mesmo sem contar com os profissionais que aderiram à greve, não deixamos de pagá-los.

Acordado, em reunião com o Sindicato e por precisarmos reorganizar nossos pagamentos por conta da crise financeira enfrentada nacionalmente, firmamos que pagaríamos em uma data fixa os salários, toda terceira terça – feira de cada mês, pois são as datas que recebemos as parcelas de ICMS e FUNDEB, e desde então, cumprimos essa data”. Ao final declara que “considerando a grave crise econômica que nosso país enfrenta o atraso de aproximadamente 15 dias, não é motivo para deixar alunos sem aula. Por isso, essa greve é política”.

Imagem Perfil Redação Portal Cidades BR

redação

Jornalista, especializada em economia, petróleo e assessoria de comunicação empresarial e pessoal.

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